sexta-feira, 4 de julho de 2008

Jorgievsky é o novo Campeão Distrital Absoluto!

Jorge João Viterbo Ferreira, 2002, sub-14, Dias Ferreira


O título de Campeão Distrital Absoluto do Porto, época 2007/2008, foi justamente conquistado pelo nosso amigo Jorgievsky.
Foi o corolário de um ano de progressão extraordinária do Jorge em que, além de centenas de pontos elo, se notam inúmeros torneios disputados, vários primeiros lugares e classificações de topo, alguns resultados espectaculares (como o empate com o GM Liuben Spassov no Internacional Cidade das Burgas e, cof! cof!, o empate comigo no Internacional da Figueira da Foz =D ;) :) :P ), tudo alicerçado num trabalho intenso orientado pelo treinador António Caramez que, curiosamente, foi o finalista vencido do match de atribuição do título de Campeão Distrital Absoluto.


Eu com cabelinho à membro da Juventude Centrista, o Caramez e o Jorgievsky, após o Torneio da Fontes deste ano, absolutamente dominado pelo Mestre e o Pupilo que terminaram 100% vitoriosos. Foram os maiores da minha rua!


Fico muito satisfeito por, depois de referências como o António Silva ou o Marco Viela, continuar a ter no meu distrito um Campeão que sabe que para jogar xadrez, mais do que dominar a técnica do jogo, é preciso ter e saber tratar o adversário. Está de parabéns, juntamente com os pais, treinador e colegas de equipa. E pode ser que surpreenda o país escaquístico que ainda não atentou convenientemente no actual vice-campeão nacional sub-14...



O jovem disse ao abade do mosteiro:
"- Gostava muito de ser monge mas não aprendi nada de importante na vida. Tudo o que os meus pais me ensinaram foi a jogar xadrez que não serve para a iluminação. Além do mais, aprendi que qualquer jogo é um pecado."
- Pode ser um pecado mas também pode ser uma diversão e quem sabe se este mosteiro não está a precisar um pouco de ambos - foi a resposta.
O abade pediu um tabuleiro de xadrez, chamou um monge e mandou-o jogar com o rapaz. Mas, antes da partida começar, acrescentou:
"Embora seja preciso diversão, não podemos permitir que toda a gente fique a jogar xadrez no mosteiro. Há outras coisas importantes a fazer. De maneira que aqui ficará apenas o melhor jogador; se o nosso monge perder, sairá do mosteiro e abrirá uma vaga para ti."
O abade falava a sério. E o rapaz sentiu que jogava pela sua vida e sentiu gélidas gotas de suor a descerem-lhe pelas costas...
O tabuleiro tornou-se o centro do mundo. O monge saiu mal da abertura e o rapaz espremeu-o como uma cobra pitão no meio-jogo. Num momento de alívio da pressão que sentia, enquanto esfregava as mãos nos joelhos, passou os olhos de relance pelo adversário e reparou no seu olhar. A partir daquele momento, o rapaz deixou de jogar os melhores lances: afinal de contas preferia perder porque achava que aquele monge seria mais útil ao mundo no mosteiro do que ele.
De repente, o abade atirou o tabuleiro ao chão:
"Tu aprendeste muito mais do que te ensinaram" - disse. "Concentraste-te o suficiente para vencer, foste capaz de lutar pelo que desejavas. Depois, tiveste compaixão e disposição para te sacrificares em nome de uma nobre causa. Sê bem-vindo ao mosteiro porque sabes equilibrar a disciplina e a solidariedade."


... o Jorge não vai para o mosteiro. Vai jogar a Fase Preliminar do Campeonato Nacional Absoluto de Xadrez, para a qual se apurou meritoriamente, e se tudo correr normalmente as feras nacionais vão sentir no capado a força do seu xadrez.

1 comentário:

Anónimo disse...

cabeludo! :)